“Não tem outra forma além de trabalhar duro já que eu odeio perder”
‘Vamos nos casar algum dia’
MYOJO (MJ): Diga-nos algo sobre si mesmo quando você era jovem.
TEGOSHI (TY): (risos) Costuma pregar peças nas pessoas em lugares como shopping centers e apartamentos se escondendo e pulando nas pessoas. Meus pais foram chamados na escola várias vezes também. (Risos) De qualquer modo, eu era uma criança enérgica e animada/alegre. Eu não era tímido ou tinha medo de estranhos; acho que provavelmente sou mais tímido agora.
MJ: Qual é a lembrança mais velha que você tem?
TY: Acho que deve ser provavelmente minha viagem de esqui em família quando eu tinha uns três anos. Eu estava numa ladeira quando eu de repente decidi soltar minha mão. Mesmo eu sendo bem novinho na época, eu me lembro de pensar, ‘Uh-oh! Isso é provavelmente muito imprudente!!’ (Laughs)
MJ: Você tem sido muito atleta desde então, não é?
TY: Sim, provavelmente começou ai. (Risos) Bem, fui esquiar todos os anos quando era jovem, então pude esquiar devidamente desde o meu primeiro ano da escola primária. Sempre gostei de me mover quando criança e eu era bem rápido também.
MJ: Era divertido no jardim de infância?
TY: Foi o período da minha vida que eu era mais popular com as garotas! Garotas mostravam um interesse em mim como vocês veem em mangas; uma dizia ‘brinque comigo’ e outra diria, ‘Não, brinque comigo!’ Acho que era provavelmente porque eu era um corredor rápido. Afinal de contas, aqueles que podiam correr rápido tendem a ser populares com garotas, certo? De volta quando você era jovem?
MY: Foi quando você teve seu primeiro amor?
TY: Sim. Dentre aquelas que gostavam de mim, tinha essa garota de quem eu gostava. ela era mais alta do que eu. Costumávamos ‘brincar de casinha’ juntos e até fizemos um pacto de nos casarmos um dia. Durante a cerimônia de graduação do jardim de infância, eu disse à ela, ‘Vamos nos casar no futuro!’ e a beijei na bochecha. No entanto, fomos para escolas primárias diferentes e não a vi desde então. Acho que ela provavelmente não se lembrará do pacto que fizemos.
MJ: Você realmente não era nem um pouco tímido, era?
TY: Poderia ser porque eu sempre me destaquei diante dos outros? Por exemplo, quando tinha uma muda, eu era o âncora. E nas peças da escola, eu seria o ator principal e quando era para torcer, eu era o capitão. Eu sempre era o papel principal.
MJ: Você gostava de coisas como heróis dos programas de TV também?
TY: Eu amava esse tipo de coisa! Naquela época, minha cor favorita era azul. No entanto, nas cenas de batalhas que vi, eles sempre pareceram diferenciar o líder usando a cor vermelha, por isso, comecei a gostar da cor vermelha também.
MY: Quando você começou a jogar futebol?
TY: Comecei futebol durante meus dias de jardim de infância. fiquei interessado em futebol porque eu gostava do Ramos* san. Vi um jogo com o time nacional e pensei que os jogadores japoneses eram super legais! Ramos san também era mais apaixonado pelo futebol do que o resto – você pode ver pela maneira que ele encorajava seus companheiros de time e tudo o mais.
[* Ruy Ramos – Brasileiro, naturalizado japonês/ ex jogador nacional]
‘Sempre lutei pelo melhor. Seja agora ou antigamente, sempre odiei perder’
MY: Durante seus dias de escola primária, seus pais eram chamados na secretaria. Sobre o que falavam?
TY: Bem, eu era uma criança muito misteriosa naqueles dias. Nos primeiros meses da escola, eu pregava peças nos meus colegas – tais como levantar as saias das minhas colegas, chocava os outros com um murro/soco surpresa nas costas deles, beijava as garotas na bochecha etc. Claro, eu não tinha nenhuma intenção má. Não é como eu quisesse me aproximar das garotas, mas mais o sentimento de alegria/satisfação e ‘Sim, eu fiz isso!’ a cada brincadeira. No entanto, quando meus pais foram chamados na escola pelos meus professores, achei que fazer brincadeiras podiam não ser uma ideia boa. Era como ‘Oh querido, isso é ruuuuuuuuuim….’
MY: Isso é bem inesperado vindo de você! (risos)
TY: Não é?! (risos) Mas por ter feito todas essas coisas, outros começaram a me marcar como ‘o esquisito’ e foi assim que meus dias de popularidade acabaram. Eu não era assim tão popular na escola primária…
MY: Você foi rejeitado, não foi?
TY: Sim, fui rejeitado 3 vezes! (risos) Acho que fui rejeitado por causa da minha personalidade. Vejam, sou do tipo que faria qualquer coisa que vem na cabeça, quando sinto que tenho algo a dizer ou fazer, farei imediatamente. Portanto, uma vez que me decido que gosto da garota, confessarei à ela imediatamente.
MY: Mas tem normalmente um procedimento para essas coisas.
TY: Verdade. (risos) Assim como eu deveria manter meus sentimentos para mim mesmo por mais tempo, certifique-se que todas as rodas estão em movimento antes da confissão. Mas como eu acabei de confessar sem nenhuma preparação de trabalho, foi uma pequena maravilha o porquê fui rejeitado. Tem pessoas que são naturalmente boas com essas coisas, mas não sou como eles nesse aspecto. Acho que não sou bom em situações assim. Sempre gostei de ser aquele que dá o primeiro passo, mesmo agora. Seja sobre as coisas que gostaria de fazer ou dizer, definitivamente falarei/farei.
MY: Tem mais alguma coisa sobre você que não mudou desde então?
TY: O fato de que odeio perder. Sempre pensei que não parecerei legal e isso parece sem sentido para ser o segundo ou o terceiro lugar. Se é sobre futebol, dai acho que só tem significado quando um é regular. O fato de que odeio perder não mudou desde então.
MY: Quando você começou a ter essa mentalidade ‘odeio perder’?
TY: Provavelmente desde jovem. Acho que futebol rendeu uma grande influência. Você sabe que algumas pessoas dizem sobre esportes que é tudo sobre sobre a jornada de treinamento e a importância desse processo (treinamento). Mas para mim, sempre pensei que enquanto você possa produzir resultados na competição, o processo não importa tanto. Por exemplo, tem aqueles que são excelentes cantores e dançarinos, mesmo eles praticando arduamente. E seria um pouco sem significado por em horas de prática a não ser que você pense que você pode ficar melhor que eles. Isso é basicamente o jeito que penso. No fim, é sobre se a pessoa pode produzir resultados ou não. Tem satisfação em ultrapassar para alguém que você perdeu anteriormente. No entanto, se eu continuar perdendo, acho que eu ficaria realmente frustrado.
MY: Você pode dar um exemplo de quando você não quis perder para alguém?
TY: Quando meus parentes trouxeram seus filhos na minha casa, eu não necessariamente mudaria minha faixa de competitividade só porque as outras crianças eram mais novas. Também tem pessoas com quem me encontrei nos jogos de futebol e eles falam, ‘é melhor eu não machucá-lo já que ele é um ídolo’. E eles pegam leve comigo durante o jogo. Eu poderia facilmente dizer quando isso acontece e tem vezes que eu paro os jogos por causa disso. Eu diria à eles que eu não os culparia se eu me machucasse. Afinal, eles não podem jogar devidamente se tiverem essas restrições. Para mim, apenas quero um jogo igual e não serei capaz de dar meu melhor se o oponente não está dando seu melhor também. É bem melhor se todos dão 100%. Eu ficaria muito feliz se pudessemos ganhar no final, mas mesmo se perdermos, não ficaria chateado porque sei que tentamos nosso melhor.
‘Mesmo quando se trata de se divertir, darei 100% e serei um baka (palhaço/idiota)’
MY: Você teve muitas atividades extracurriculares quando estava na escola primária?
TY: Sim, tinha aulas de natação e piano. Também fui ao juku (cursinho), embora eu tenha falhado/fracassado nos meus exames de vestibular no colégio. Fiz um total de cinco exames, mas não consegui 2 deles. Fiquei sabendo depois que o Shige passou nesses exames que fracassei. (risos)
MY: Esse não foi o primeiro contratempo para você, já que você parece ser do tipo que vai bem em esportes e estudos?
TY: Verdade… Para um deles, lembro de pensar que eu não seria capaz de passar logo após eu acertar os papéis, então não era uma surpresa saber que falhei. Para o outro, tinha um sentimento/sensação bom depois de ter terminado a prova que eu até me gabei para minha mãe dizendo que estava fácil. Portanto, fiquei super chocado ao saber que falhei. Fiquei um pouco depressivo depois disso. Mesmo assim, continuei a ir nos outros vestibulares e consegui passar, então me senti melhor. Eu ficaria em grande choque se eu falhasse em todos.
MY: Você entrou em colégio de garoto, não é?
TY: Consegui! Foi tão divertido! Saio frequentemente com 4 outros rapazes com quem me dou bem that. Com isso dito, tinha atividades do clube quase todos os dias, então saia com eles nos dias de chuva e tal. Saiamos para Shibuya e Shinjuku e já que não tinhamos muito dinheiro, não era como íamos lá para fazer compras. Ao invés disso, nós tentávamos olhar para pessoas interessantes ou coisas para fazer nas ruas. Por exemplo, quem perdesse no ‘janken’ (pedra, papel, tesoura) teria que fazer coisas como cruzar por Shibuya quando o farol ficasse verde ou andar por uma loja de lingerie. Os outros quatro iriam ficar assistindo e rindo sem parar. Embora trivial, eram diversões simples sem precisar gastar dinheiro. Parecia que vagávamos pelas ruas sem outro propósito, exceto pela diversão e coisas interessantes para fazer.
MY: Você era popular no colégio?
TY: De jeito nenhum. (risos) Nós 5 não tínhamos interesse em garotas na época. Por exemplo, quando as garotas de um colégio de garotas da vizinhança vinha nos festivais culturais da nossa escola, era como a única chance do ano de pedir o telefone delas. A maioria dos garotos esperavam por épocas assim, mas nós éramos os únicos que não se importavam muito em conseguir os telefones delas e íamos nos divertir.
MY: Verdade?
TY: Verdade, honestamente! (Risos) Minha mãe estava muito preocupada. Ela pensava, ‘Talvez ele não tenha interesse em garotas…’ (risos)
MY: Por que vocês cinco se davam tão bem?
TY: Além de estarmos na mesma sala/classe, nós cinco tínhamos a mesma mentalidade – nos divertir ao máximo, não importa o quão trivial pudesse ser. Usar todo o nosso esforço para procurar por diversão e coisas animadas para fazer. Eles eram rapazes que davam seu melhor até quando se divertiam.
'A primeira performance que eu vi foi uma do V6'
MY: Você estava interessado na indústria do showbiz na época?
TY: De jeito nenhum. Era um mundo completamente diferente do meu. Eu não conseguia lembrar o s nomes dos membros do SMAP na época – isso é o quanto meu conhecimento nessa indústria era pobre. Me disseram que eu tenho um 'rosto de Johnny’s’ quando eu era criança, embora eu me pergunte o que significa ter um ‘rosto de Johnny’s’. (risos)
MY: Você pensava em se tornar um cantor?
TY: Não, nunca pensei, embora eu sempre tenha gostado de cantar. Foi no segundo ano do colegial que fui ao karaoke pela primeira vez com meus amigos? Na época, eles elogiaram meu canto e me disseram que eu era bom e isso me deixou feliz. Dai eu pensei, ‘Talvez eu deva aprender como melhorar?’ No entanto, precisava de dinheiro para ter aulas de canto e eu não podia ir em todas as aulas, então, implorei aos meus pais para me deixarem ir nas aulas por um mês. então fui em 4 aulas (1 vez por semana). Depois disso, peguei esses ponteiros e continuei a praticar por mim mesmo em casa.
MY: Você ficou muito satisfeito quando você foi elogiado então?
TY: Sim, sou do tipo que se empenha em ficar melhor depois de ser elogiado. (Risos) Sou assim mesmi agora. Trabalharei mais arduamente depois de ser elogiado.
MY: Diga-nos como foi sua experiência quando você fez um requerimento para a Johnny’s no seu terceiro ano do colegial?
TY: A amiga da minha mãe me disse, ‘Por que você não tenta? Eu já chequei em como faz para um requerimento!’ Por isso eu fui. Mas não é como se eu estivesse lutando muito para entrar no showbiz. É mais como se eu tivesse feito por impulso.
MY: Como foi seu teste?
TY: Até então, nunca dancei antes, então realmente não conseguia dançar. E pude ver que tinham muitas pessoas que estavam fazendo o teste comigo e eles tinham praticado muito para o teste. Tinham aqueles que conseguiam fazer backflips sem esforço! Eles eram incríveis!
MY: Você ficou chocado?
TY: Sim, fiquei. Embora eu não conseguisse dançar, pratiquei muito durante o intervalo. Pratiquei sem parar na frente do espelho mesmo o intervalo sendo de apenas 30 minutos. Afinal, eu já estava no terceiro ano e tinha muitas crianças do primário no teste. Perder de uma criança do primário sem tentar seria muito para aguentar. Embora não fosse como se eu pudesse ganhar com apenas 30 minutos de sessão, mas se não tivesse tentado melhorar um pouco, me sentiria como se tivesse perdido para mim mesmo.
MY: Então mesmo sendo um requerimento hesitante/indeciso para a Johnny’s, você acabou dando seu melhor durante o teste.
TY: Sim, porque não gosto de perder. (risos)
MY: Você achou que tinha passado no teste?
TY: Não, nem sabia. Quando o teste acabou, um adulto veio e disse ao Hikaru (Yaotome Hikaru do HSJ) e para mim irmos para o outro lado, então saimos da sala de ensaio. Pensei, ‘Oh, provavelmente fracassei!’ Embora eu não tenha percebido na época, pensando agora, aquela pessoa era o presidente da companhia. Esperamos do lado fora por 5 minuto e os outros sairam do testes. Eu estava pensando que, ‘vão nos dizer se passamos ou não’, ele de repente nos disse, ‘Vocês 2, vão tirar suas fotos no estúdio para uma revista agora e vocês vão aparecer com os outros Juniors.’ Fiquei tipo ‘EH?!?!’
MY: Parece que seu esforço durante o intervalo valeu a pena.
TY: Acho que sim. Mas mais do que me sentir muito feliz, é mais como se eu não soubesse o que estava acontecendo. Tive a seção de foto depois de meia hora do meu teste. Dai quando liguei para minha mãe e disse, ‘Por alguma razão, parece que vou aparecer numa revista, então parece que passei no teste…’ erla ficou surpresa e disse ‘Eh?!’